Corruptos nos somos
Todos nos, a nação
Que se entrega, se joga com força
Desce na garrafa, dança o creu e comemora
Miseráveis que somos
Colocamos no dinheiro nosso maior bem
Enquanto tiro do câncer o alimento
Desço goela a baixo do que nas calcas faz
Tiro sua simples proteção
Degrado os sentidos
Pela manhã o açúcar falta
À noite, o miserável medo do osso se desfaz
Levo assim, penso assim, junto comigo, todos nos
Miseráveis, filhos dos hipócritas
Como pensar em si,
Meu carro importado à custa do seu enterro
Seu jatinho em cima do cadáver da mãe, do pai, do irmão, do primo
Esse e o orgulho que carregamos
Enquanto no Ceub vou, no Pier sou melhor
Calco nos pés o sangue, a miséria
O desrespeito, a indignidade
Tirando o direito de ser feliz
Dos milhares, infelizes do meu povo
Tiro com prazer, pelo meu prazer
Confundo assim, minha voz, que não e minha
Digo quem não sou
Assim nos identificamos
Com nos mesmos, comportamentos indiscretos
Veemência , veemência
Passe, filho da puta
Passe, pois a puta que você tirou a vida
Essa mesmo amanha será sua filha
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